Notícias 6h4o40
Por Ana Melo
Divulgar produtos turísticos voltados ao público com mais de 60 anos é uma ação estratégica e necessária diante do crescimento expressivo desse segmento na economia. De acordo com a Data8, consultoria especializada nesse público, a economia prateada movimenta R$ 2 trilhões por ano, o que mostra um potencial enorme para o mercado explorar esse público-alvo.
O público 60+ representa hoje um dos grupos com maior poder de consumo no Brasil e no mundo. Trata-se de uma geração que valoriza experiências, tem disponibilidade de tempo para viajar fora da alta temporada, e busca conforto, segurança e qualidade no atendimento.
Além disso, pesquisas de mercado mostram que o público sênior é financeiramente mais estável e menos impactado por crises econômicas, o que o torna um investidor estratégico para todos os setores, especialmente o setor de turismo. Eles viajam com maior frequência, permanecem por mais dias nos destinos e tendem a gastar mais com hospedagem, alimentação e atividades locais.
O maior desafio dos destinos é conseguir oferecer produtos turísticos que atendam às necessidades e desejos desse público. Divulgar e adaptar roteiros e outros produtos turísticos significa não apenas ampliar o o ao turismo, mas também gerar impacto econômico positivo em destinos, estimular a inclusão social e promover o transporte do comércio turístico ao longo de todo o ano.
O turista sênior busca roteiros que combinam gastronomia, história, arquitetura, mas também aventura. Um exemplo que temos no Brasil é em Mato Grosso do Sul. O Abismo de Anhumas, em Bonito, possui um rapel elétrico de 72 metros de descida capaz de atender PcDs e pessoas com mobilidade reduzida, o que permite atender um público amplo que gosta de natureza e aventura, por exemplo. Não podemos limitar o público sênior em uma caixinha, esse público é mais diverso do que os estereótipos que estamos acostumados a consumir.
Outro ponto importante é o investimento em comunicação, promoção e qualificação de produtos turísticos voltados ao público 60+. Não é apenas uma questão de representatividade, mas uma oportunidade concreta de crescimento econômico, diversificação de mercados e fortalecimento sustentável do setor.
Não podemos limitar a comunicação por um ou outro canal, mas entenda os subnichos que acompanham o retrato sênior. As redes sociais podem ser um canal ótimo para atender o consumidor sênior que está antenado, mas também pode ser o modo de captação de filhos ou netos que auxiliam outro grupo que não entende muito bem como a internet funciona. O atendimento por telefone ainda é uma saída para aqueles que desejam uma atenção maior na tomada de decisão e os aplicativos de mensagem também funcionam para o grupo que deseja uma comunicação mais rápida.
Todas essas tendências e atualizações do perfil sênior no Brasil serão apresentadas e discutidas no Fórum de Turismo 60+, evento mais importante de turismo B2B para este segmento. Há três anos estamos reunindo os principais produtos e destinos para oferecer aos agentes de viagens que trabalham com o turismo 60+, mostrando as potenciais e soluções do turista, além de como abordar e chegar nesse público-alvo. Desde estratégias de comunicação a hospedagens e roteiros adaptados, além de trazer, através de painéis e palestras, conhecimento para melhor entender para atender o viajante maduro.
Em três décadas, seremos o sexto país mais velho do mundo e atrair esse público desde agora será o segredo para o sucesso de várias empresas no futuro.
Edição por Julia Marques
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